Festival Latinidades - Salvador - 5 a 7 de julho

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SESC PELOURINHO

14h | Performance de dança: Vânia Oliveira

Ingresso

Vânia Oliveira é icônica. Rainha do Bloco Afro Malê Debalê em 2000 e 2006 e Princesa do Bloco Afro Ilê Aiyê em 2001 e 2014. Mestra em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutoranda do Programa de Pós Graduação de Difusão do Conhecimento UFBA. Especialista em História Social e Cultura Afro Brasileira pela APLB BA. Professora Assistente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB, onde coordena o EKODIDÉ: Grupo de Estudos, produções e criações em Dança(s) Afro. Há 20 anos atua como Professora dos Cursos de Férias da Escola de Dança da FUNCEB ministrado o curso Dança(s) de Blocos Afro. É Pesquisadora, amante e multiplicadora das Danças criadas nos cenários dos Blocos Afro de Salvador, desde 1999; Criadora e difusora da Dança(s) de Blocos Afro.

15h | Debate: Reparação e Bem Viver: rumo à Marcha de 1 milhão de mulheres negras

Ingresso

Em março deste ano foi lançado o chamado nacional para a realização da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que será realizada em novembro de 2025, em Brasília. A primeira Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver aconteceu em 2015 e reuniu cerca de 100 mil mulheres nas ruas de Brasília – um marco histórico. A marcha também impulsionou o fortalecimento e crescimento da articulação em rede de organizações de norte a sul do país, além de fomentar o debate sobre o poder e a participação política das mulheres negras em várias esferas da sociedade brasileira. A meta para a segunda edição da Marcha é reunir 1 milhão de mulheres negras na capital federal.

A atividade irá refletir sobre o tema da 2º marcha, ao mesmo tempo em que será uma convocação de mobilização geral em todo o país. O Festival Latinidades também foi espaço para o pré-lançamento da primeira marcha, em sua edição de 2015.

*A mesa será realizada em parceria com o comitê nacional da Marcha de Mulheres Negras

Participantes

Valdecir Nascimento – RMNN/AMNB Nordeste

Vinólia Andrade – RMNN/AMNB Nordeste

Nilma Bentes – Cedenpa/Norte

Clátia Vieira – Fórum Nacional de Mulheres Negras/Sudeste

Heliana Hemetério – Conselho Nacional de Saúde

17h às 18h | Debate: Trançando a Arte e Vida: a importância das Tranças como Patrimônio Cultural

Ingresso

O objetivo da atividade é trocar conhecimentos sobre origens, significados culturais, sociais e econômicas, além de discutir a importância do ofício de trancista como patrimônio cultural a ser reconhecido e salvaguardado. Participarão da mesa profissionais, ativistas e artistas. Além disso, a atividade irá abordar a importância da regulamentação da profissão de trancista.

Participantes

Anatalina Lourenço da Silva – Assessora de Participação Social e Diversidade

Vanderlei Victorino – Trançando Arte Brasil, Jundiaí SP

Negra Jhô – Trançista e Multi Artista, Salvador Bahia

Mediação

Tainara Ferreira – Consultora de Diversidade e Letramento Racial

 

19h | Espetáculo de teatro: Medeia Negra

Ingresso

Medeia é vista, por nós, como a fundação de uma exclusão fundamental: a invisibilização da voz feminina. Sob o nome de “bárbaro” se justifica o exílio e a divisão do mundo entre civilização e barbárie. A peça vai então revelar, para o público, outras possíveis leituras do mito. É uma montagem que não desenvolve propriamente uma história ou um drama, no sentido aristotélico do termo. A história imposta pelo patriarcado é uma metáfora das mortes que as mulheres negras são obrigadas a carregar. Ela nos serve, aqui, como um mito de referência. No tempo passado, presente e futuro, a personagem desconstrói o mito para convocar as mulheres à retomada do poder. A ancestralidade e a evocação aos cânticos negros de libertação disparam um embate entre público e personagem sobre as reflexões levantadas.

Concepção e Atuação: Márcia Limma

Direção: Tânia Fariase

Dramaturgia: Márcio Marciano, Daniel Arcades, Márcia Limma e Tânia Farias. O texto da carta é da Turma de mulheres sentenciadas do Conjunto Penal Feminino de Salvador, no curso de literatura do Grupo Corpos Indóceis e Mentes Livres/2018

Direção Musical e Piano: Roberto Brito

Músicas: Márcio Marciano e Roberto Brito

Preparação Vocal: Marcelo Jardim

Desenho de Canto e ação vocal: Márcia Limma

Figurino e Visagismo: Rino Carvalho

Assistente de Figurino: Angélica Paixão

Cenografia e Adereços: Márcia Limma

Sobre a atriz: Márcia Limma é atriz, cantora, performer nasceu no bairro de Pituaçu em Salvador (BA). Filha de empregada doméstica, conheceu o mundo levada pelo teatro, seu ofício e paixão. Mestra em Artes Cênicas pelo Programa de Pós Graduação em Artes Cênica- PPGAC- UFBA, realizou diversas oficinas de formação em teatro, voz e Contação de histórias em todo o estado. Em parceria com o grupo alemão Antagon, participou dos projetos “Baixo Sul em Cena” e “Escuna Criativa”, formando grupos de teatro no interior da Bahia. Foi professora de “Contação de Histórias no Centro Juvenil de Ciência e Cultura” do Governo do Estado – CJCC (Colégio Central). Também ministrou a Oficina de Introdução a Contação de Histórias, no Complexo Penal Feminino de Salvador e pelo Prêmio Miryan Muniz de Teatro – FUNARTE. Foi membra fundadora do Grupo Vilavox (BA) criado há mais de 20 anos a partir de oficinas do Teatro Vila Velha.

 

sáb6jul

SESC PELOURINHO

15h às 17h | Espaço Literário Latinidades

Ingresso

Atividade realizada em parceria com Mulheres Negras Decidem, Instituto Marielle Franco, Editora Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras da Bahia, Fundação Rosa Luxemburgo e Juristas Negras.

La Radical Imaginación Política de las mujeres negras brasileñas

Em primeira mão, será lançada a versão em espanhol da obra homônima, empreendimento de Ana Carolina, Anielle Franco, Vilma Reis e Chris Gomes, idealizadoras da Rede Nacional de Mulheres Negras na Política, que traz as contribuições no processo de visibilização das respostas e soluções empreendidas pelas mulheres negras brasileiras frente ao atual contexto de crise social, política e econômica. A versão hispânica também conta com dois novos textos de Ochy Curiel, antropóloga dominicana radicada no Chile, e Juanita Bone, ativista feminista negra do Equador.

Estamos Prontas: Lições de Mulheres Negras Lideranças Coletivas nas Eleições Brasileiras

O livro foi publicado pela Editora Diálogos Insubmissos e reúne artigos com apontamentos dos aprendizados de formação, comunicação, articulação e mobilização política, extraídas do projeto “Estamos Prontas”, parceria entre o Movimento Mulheres Negras Decidem (MND) e o Instituto Marielle Franco (IMF), realizado em 2022, com objetivo fortalecer 27 lideranças negras pré-candidatas de todo o país que naquele ano concorriam a uma cadeira no Legislativo em seus territórios.

Organizado por Fabiana Pinto, então Coordenadora de Incidência do IMF, e Tainah Pereira, Coordenadora Política do MND, o prefácio do livro é assinado pela Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o posfácio pela Deputada Federal Benedita da Silva (PT-RJ). De acordo com Fabiana Pinto, o lançamento acontece em um momento oportuno para mulheres negras que atuam no ecossistema da política institucional.

A justiça é uma mulher negra

O primeiro livro da Coleção Juristas Negras, A justiça é uma mulher negra já traz em seu próprio título um caráter disruptivo. Confrontar a branquitude e a epistemologia ocidental estabelecida no universo jurídico é um ato que, por si só, confere identidade singular à criação das autoras, Lívia Sant’Anna Vaz e Chiara Ramos. Trata-se de uma obra multidisciplinar que coloca em diálogo o Direito, a história e uma visão afrodiaspórica interseccional na construção de uma justiça pluriversal. O resultado é uma experiência teórico-vivencial multipotente, regada a expressões artísticas como músicas, poemas, ilustrações e muito afeto. Assim como o resgate de saberes ancestrais que permeia toda a produção, a inovação é revelada através de QR-Codes dispostos no decorrer dos escritos, remetendo o público para outras dimensões do saber. Este é um livro para ser lido e sentido, essencial para quem quer enxergar o mundo sem as lentes impostas pelo colonialismo, racismo e sexismo.

17h às 17h30 | Recital com Luciene Nascimento

Ingresso

Advogada, maquiadora, retratista e poeta. Os vídeos de sua pedagopoesia, estilo de escrita que une conceitos complexos e a sensibilidade poética, acumulam mais de cinco milhões de visualizações na internet. Em razão deles já foi citada pela imprensa como inspiração de novas gerações na literatura. Autora de “Tudo Nela é de se Amar – A pele que habito e outros poemas sobre a jornada da mulher negra”, da Editora Sextante.

 

LARGO QUINCAS BERRO D’ÁGUA

10h | Oficina de Danças Paraenses

Ingresso

Uma imersão na cultura paraense com enfoque no Carimbó, ministrada por Kiki Oliver: mãe, mulher, cis, negra, coreógrafa, produtora cultural, escritora e palestrante. Uma caminhada muito rica de trocas e afeto pela cultura paraense, com foco especial no ritmo Carimbó, que se tornou nacionalmente conhecido através de nomes como Calypso, Lia Sophia e Dona Onete.

Ritmo de origem amazônida, o Carimbó é mais do que apenas uma dança; é uma expressão autêntica da identidade e da alma do povo paraense e foi declarado patrimônio cultural imaterial do Brasil em 11 de setembro de 2014. Seu nome deriva do tupi, onde “curi” significa “pau oco” e “m’bó” significa “furado”. Curimbó é, inclusive, o instrumento que dá ritmo a essa manifestação. A imersão coreográfica oferece uma experiência abrangente, desde uma roda inicial de conversa, onde faremos um breve panorama da cultura paraense, até uma jornada pelas origens dos movimentos do Carimbó, onde cada passo conta a história de influências indígenas, africanas e europeias. Ao longo da oficina, os participantes terão a oportunidade de mergulhar nos movimentos autênticos do Carimbó.

 

20h | Shows + Feira de Afro Empreendedorismo

Ingresso

20h | Cronista do Morro

Nascida e vivenciada pelas ruas do bairro da Liberdade, em Salvador (BA). Iniciou sua carreira na música aos 14 anos através do Funk, hoje conduz suas composições por meio do Hip Hop. Como artista negra lgbt+ e periférica, o seu discurso sucede em confronto à precariedade e a violência social cotidiana a partir do seu território de origem. A musicalidade de Cronista do Morro é contemporânea,forte e impactante, te convidando a refletir sobre a realidade desde a primeira
audição.

20h30 | Afreekassia

Nascida e criada na Baixada Santista, litoral de São Paulo, Afreekassia é uma das novas vozes das mulheres negras na música brasileira. Iniciando sua carreira musical como DJ em 2016, a artista atualmente tem se destacado no cenário do rap nacional com o seu trabalho como cantora.

Seu single “Sou + as Negras” lançado em 2023, já acumula mais de 900 mil plays no Spotify e se tornou um grande hino de empoderamento para mulheres negras. A música rendeu uma trend de mais de 20 mil vídeos no Instagram e TikTok e teve o clipe premiado pelo MVF Awards na categoria “Videoclipe rede afirmativa Spcine”.

Para além disso, Afreekassia já integrou grandes festivais como Coala Festival 2022 e Cena 2k22, e dividiu palco com grandes nomes da cena como Tasha e Tracie, Ajuliacosta, Duquesa e MC Luanna. Atualmente ela se dedica a novos projetos musicais, incluindo seu novo single “Eu amo ser negona”, lançado em maio deste ano.

21h30 | A Dama

A Dama destacou-se por suas letras que exaltavam a liberdade e independência das mulheres no pagode, tornando-se uma das maiores vozes femininas do pagode baiano. Em 2019, teve sua primeira participação no Carnaval de Salvador, sendo considerada a banda revelação e mostrando ao mundo o poder das mulheres no pagode. A partir desse momento,ganhou um enorme protagonismo dentro do ritmo, sendo reconhecida por sua voz potente e estilo único.
Seu sucesso levou-a a colaborar com renomados artistas do gênero, como Léo Santana e Xanddy Harmonia, estabelecendo-se como uma referência para mulheres negras, periféricas e lésbicas no Brasil. Sua música e estilo de vida inspiradores abriram caminho para a representatividade e o empoderamento feminino no mundo da música.

 

dom7jul

LARGO QUINCAS BERRO D’ÁGUA

19h | Concerto Internacional Contra o Racismo Sistêmico e por Reparações

Ingresso

Em sua 4ª edição, o Concerto Internacional Contra o Racismo é realizado pela Coalizão Global Contra o Racismo Sistêmico e pela Reparação – uma plataforma de ação global contra o racismo criada pelo Instituto Afrodescendente de Estudos, Pesquisa e Desenvolvimento, em conjunto com o Centro das Mulheres Afro, da Costa Rica. As atividades da Coalizão têm como objetivo aumentar a conscientização, o compromisso social e o engajamento público para erradicar o racismo e construir sociedades antirracistas. O Concerto Internacional Contra o Racismo foi criado para promover uma mensagem de respeito, igualdade e direitos humanos para aqueles que foram historicamente vitimados pelo racismo sistêmico.

Após uma parceria muito bem-sucedida para o II Concerto Internacional, a inciativa desembarca, mais uma vez, no Festival Latinidades, em celebração ao Dia Internacional da Mulher Afro-Latino Americana, Afro-Caribenha e da Diáspora, 25 de julho. 2024 também marca o fim da Década Internacional das Pessoas de Ascendência Africana e a possibilidade de construir a Segunda Década para Pessoas de Ascendência Africana.

Programação

19h | Sasha Campbell (Costa Rica)

Cantora, compositora, jornalista, locutora e apresentadora de televisão. Uma das cantoras e personalidades televisivas mais reconhecidas da Costa Rica.

19h50 | William Cepeda (Puerto Rico)

Compositor, produtor e multi-instrumentista com quatro indicações ao Grammy.

20h40 | Bel and Quinn (Haiti-Canada)

Duas irmãs de origem haitiana que estão marcando presença na cena musical canadense. Caracterizando seu som como uma mistura cativante de soul, jazz e funk, o público qualifica suas performances como enérgicas e comoventes.

21h50 | Sued Nunes (Brasil)

Cantora e compositora de Salvador de Bahia. Sua música traz ecos de uma ancestralidade futurista. Ficou conhecida após seu álbum de estreia de grande sucesso “Povoada”.